A boa escola – Por Antônio Vandir de Freitas Lima
Aluno do Curso de Direito do UNIEURO escreve artigo sobre a educação superior no Brasil
Falar de ‘boa escola’ nos dias de hoje não nos remete, infelizmente, a nenhum exemplo fático que seja digno de nota. O modelo de escola praticado no sistema público de ensino está fadado ao fracasso. Isso porque foram alijados do processo a meritocracia, o esforço pessoal e a avaliação. O aluno não é mais avaliado, mas, sim, empurrado para a fase seguinte; independentemente de ter ou não aprendido algo. É modelo cruel e excludente, pois concorre com o ensino privado, este instrumentalizado para o competitivo mercado de empregos. Assim, temos uma escola pública do faz de conta ao lado de uma escola privada afinada com as exigências do mercado. Ainda que o neo-marxismo pareça anacrônico, arrisco em afirmar que a escola pública é parte do aparelho ideológico do Estado, aos moldes doutrinários de Louis Althusser; ou, pelo menos, é a herança de um período ditatorial que ainda não foi revisto. Digo isso porque o período de exceção do pós-64 implodiu o movimento escolanovista, (que tinha expoentes do naipe de Anísio Teixeira e Cecília Meirelles); pois dava preferência ao modelo de escola tecnicista. A partir daí o conceito de ensino público gratuito, universal e de excelência foi sendo aos poucos trocado pelo conceito de Qualidade Total, aproximando o ensino da lógica empresarial. O aprendizado passou a ser um ramo de comércio. Por outro lado, a partir do Governo FHC, ocorre no Brasil uma proliferação de cursos superiores e o acesso a eles é facilitado. Mais pessoas entram nas Faculdades e impulsionam as exigências de ingresso na Administração Pública. Tais pessoas, no entanto, arriscam-se a um custo relativamente alto a terem um diploma de curso superior e nenhum retorno profissional. Isso porque a simples aquisição de um terceiro grau não tem o condão de abrir portas mercadológicas. As razões de tal fenômeno são também de natureza mercadológica. As instituições de ensino superior buscaram uma ótima solução para isso: os chamados cursos de tecnólogos, que são cursos inteiramente voltados para o mercado de trabalho. O UNIEURO é vanguardista nesse tipo de ensino superior; com cursos na área de gastronomia, redes de computadores, design de interiores, entre outros; contribui sobremaneira para a elevação social da comunidade que atende. Sem falar na vantagem adicional de o tecnólogo competir em certames públicos, enquanto atua em sua área de formação. O curso de Direito do UNIEURO também promove essa inclusão social, abrindo um leque de possibilidades que vai de concursos públicos até as atividades jurídicas. A cada ano tem aumentado o número de alunos do UNIEURO que passam no Exame de Ordem da OAB, provando a sua escala ascendente rumo ao conceito de excelência de ensino. Outro viés é o próprio aprimoramento do profissional que tem no Direito uma formidável ferramenta de aperfeiçoamento em sua área de atuação. Desta forma, temos o servidor público, o policial, o técnico em várias áreas que terão um melhor conhecimento de causa e um rendimento laboral superior. O UNIEURO é o embrião de uma boa escola superior, já sendo boa em muitos aspectos e com potencial de ser melhor em outros. De toda sorte, já possui o essencial para essa evolução: o seu excelente quadro de professores, que em nada deixa a desejar em relação às melhores universidades do país. Antônio Vandir de Freitas Lima Aluno do 10º Semestre de Direito Campus Asa Sul – Noturno