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Sua escolha para um grande futuro.

27 de setembro de 2017, 20:54 - Por Assessoria de Comunicação UNIEURO

“Olhares sobre o Cerrado” abre oficina no Sarau de Letras

juliana-oficina-olhares-cerrado-101_chapada-dos-veadeiro-leonardo-milanoO Dia do Cerrado, 11 de setembro, foi o tema da oficina de “Olhares sobre o Cerrado” no segundo dia do Sarau de Letras, na unidade Asa Norte. A proposta foi exercitar o olhar de alunos e professores sobre o bioma da chamada “savana tropical”, a de maior biodiversidade do planeta e a segunda mais devastada do Brasil. A Professora Juliana Leoni, Coordenadora do Núcleo de Sustentabilidade Ambiental (NSA) falou sobre ecologia, adaptação de plantas e animais a alterações no ecossistema, a beleza da fauna, da flora e das paisagens, além da riqueza cultural das populações indígenas, ribeirinhas, geraizeiras, vazanteiras e quilombolas que habitam o Cerrado brasileiro.

construcao-poema-coletivo-2poemas-coletivos-em-construcao“O Cerrado perdeu, em cinco décadas, 50% da cobertura florestal original. Manter a integridade biólogica desse bioma é estratégico para o abastecimento de oito das doze regiões hidrográficas do Brasil, além dos aquíferos Guarani, Bambuí e Urucuia. Essa água é crucial para o consumo humano, para a agricultura e para as hidrelétricas” disse ela. A palestra deu o alerta e abriu a reflexão sobre a responsabilidade humana na preservação desse bioma. “O  Cerrado é uma metáfora da insustentabilidade que está em jogo. Se a paisagem é um herança de nossos antepassados, qual será a herança por nós deixada?” indagou a palestrante. Na oficina de poemas, a Coordenadora do curso de Letras, Professora Maria Cristina Scalla, lançou palavras-chave do tema, e os participantes assinaram quatro poemas coletivos:

► Poema 1 – De Vanessa Viana, Halisson Silva, Mônica Matos, Paulo Henrique, Artur Lima, Laura Rezende

Os ventos que trazem
Os amores das cigarras
Levam a luz dos pirilampos.

As belas águas do Cerrado
E os peixes apaixonados
Saltam para fora
Buscando trazer para perto
A beleza desse céu.

O lindo céu do Cerrado,
Que traz consigo a paz,
Os amores,
O brilho,
A luz desse lugar, que chamamos lar.

► Poema 2 – De Edson, Sara, Ordanka, Isabel, Josciele, Thayonara, Iago, Maria Bruna, Laíse Vieira

O cerrado é maravilha de viver
Terra abençoada que renasce meu prazer
Terra infértil para a vontade de morrer
Importante produto para a sobrevivência do ser.

► Poema 3 – Das turmas do 2º e 3º semestres de Letras

Tão rápida quanto ao tempo
Terra infértil sem produção
Mas a terra é abençoada
Traz com ela a alimentação
Qual maravilha de viver
Eu tenho a estar diante de ti
Tão magoada, cansada,
Mas ainda o Cerrado tem vida
E luta para sobreviver.

Renasce do pó
Luta para a sobrevivência
Humanos não tem dó
A natureza sente as consequências.

► Poema 4 – Quem vai pagar a conta de tanta destruição?
(De Patrícia, Eliana, Amanda, Ruth, Lucas, Karina)

Precisamos preservar o Cerrado
Pelo bem da futura geração
O Cerrado é milagre minha gente
Sobrevive ao fogo, renasce da cinza, florece do chão.

É o coração da nação.

Dizem os animais
Como é possível viver aprisionado
Acorrentado com o coração dilacerado nesse Cerrado
Correntão vai passar e levar tudo
Meu amor, minha vida, meu futuro
Não sobrará nenhum irmão
Por isso, amigos, vamos agir em união.

Para amenizar o sofrimento da população
É necessário termos conscientização
De mãos dadas, amigos,
Vamos juntos nessa missão.